O Sagrado Feminino é o resgate de uma consciência ancestral baseada no culto à Deusa (energia feminina de Deus), no respeito à natureza e a todos os seres, no respeito às mulheres como seres sagrados e como filhas da Deusa, honradas como manifestações da própria Mãe Terra geradora e nutridora de toda a vida.
Desde o advento da sociedade patriarcal, as mulheres foram inferiorizadas e por isso se esqueceram do seu valor e do seu poder, se desconectaram da natureza, do seu ciclo lunar (menstrual), tiveram que fortalecer seu lado masculino para se inserir na sociedade.
O movimento sagrado feminino visa resgatar a consciência das mulheres sobre sua verdadeira essência, reconecta-la com a natureza e com seus ciclos, com seu poder inato e ancestral, redescobrir seus dons, talentos, sua intuição, percepção, compreensão, compaixão, criatividade e amor.

Na natureza, tudo é cíclico, o movimento dos planetas e da Terra em torno do sol, o ciclo lunar, o ritmo das estações, o ciclo da vida. Num círculo, a movimentação da energia é perfeita. Quando sentamos em círculo, somos todos iguais, temos todos a mesma importância. Nos reunimos sempre nas datas dos antigos festivais (a cada mês e meio), quando nossos ancestrais honravam os ciclos naturais das estações e da terra, o plantio e a colheita, a vida, morte e renascimento, e buscamos dessa forma resgatar e fortalecer nossa ligação com nossa Mãe Terra e fortalecer nós mesmas e umas às outras. Em nossos encontros consagramos as sagradas medicinas ancestrais: ayahuasca, rapé, e cachimbo sagrado (com tabaco), cantamos, dançamos, rezamos, meditamos, defumamos, abrimos nosso coração, compartilhamos experiências e saberes, falamos e ouvimos com o coração.